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MS pode enfrentar até 9 ondas de calor ao ano, diz estudo

Pesquisa revela consequências das ameaças climáticas no sistema de saneamento

Publicada em 22/11/2024 às 09:39h - 135 visualizações

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MS pode enfrentar até 9 ondas de calor ao ano, diz estudo
 (Foto: jardimmsnews.com.br)

Estudo feito pelo Instituto Trata Brasil, em parceria com a empresa Way Carbon, revela que Mato Grosso do Sul está entre os estados suscetíveis a sofrer cada vez mais com as ondas de calor, principalmente na região sul. A pesquisa indica que além de MS, algumas regiões de SP e PR podem enfrentar aumentos e sofrer com até nove ondas de calor por ano.

Os efeitos na qualidade do saneamento e acesso à água contribuem para a alta probabilidade de valores intermediários e altos nos padrões de temperatura. De acordo com o estudo "As Mudanças Climáticas no Setor do Saneamento", a intensificação do calor traz diversos desafios, desde a sobrecarga de infraestrutura ao aumento da demanda de água.

"Estes eventos aumentam a demanda por água, podendo apresentar sobrecarga da infraestrutura existente, elevando o consumo de energia e colocando pressão adicional sobre equipamentos que podem ter seu desempenho comprometido", diz o Instituto Trata Brasil.

A região sul do Estado é uma das que aparecem na pesquisa por ter menos estações para tratar e distribuir água. Isso leva a uma pressão sobre o sistema de saneamento, com maior risco de desabastecimento.

Secas - As secas também são abordadas na pesquisa que avalia como a ameaça climática pode afetar o sistema de abastecimento de água, por exemplo, os ETAs (Estações de Tratamento de Água). Mato Grosso do Sul está entre as áreas com maior nível de risco por apresentar tendência de agravamento dos períodos sem chuva, com balanço hídrico qualitativo ruim e que dispõem de um menor número de ETAs.

"Os longos períodos de seca, principalmente em áreas com balanço qualitativo ruim, podem afetar os volumes de captação e comprometer a qualidade da água que chega às estações, elevando custos operacionais", explica o instituto.

Outra constatação apontada é que regiões com menor quantidade de ETAs ou com sistemas de tratamento já sobrecarregados podem enfrentar riscos ainda maiores, pela falta de alternativas de redistribuição de carga ou fornecimento de água.




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