A Polícia Civil desarticulou na 4ª feira (23.out.24), durante a Operação Presente de Grego, uma organização criminosa especializada em fraudar idosos por meio de maquininhas de cartão adulteradas. O grupo, originário de São Paulo, atuava em Campo Grande e fez pelo menos 41 vítimas, sempre utilizando um golpe envolvendo a entrega falsa de presentes de aniversário.
O Golpe
A quadrilha entrava em contato com idosos no dia de seus aniversários, alegando que eles haviam ganhado um presente. Para receber o suposto brinde, as vítimas eram orientadas a pagar uma taxa de entrega simbólica, que variava entre R$ 5,50 e R$ 5,90, utilizando cartão de crédito ou débito. No entanto, ao processar o pagamento, os golpistas sacavam valores muito maiores do que o informado.
Um dos casos mais recentes ocorreu no dia 22 de outubro, envolvendo uma vítima de 62 anos, que perdeu R$ 1.545,90 após acreditar que estava pagando apenas R$ 5,90 pela entrega.
As investigações realizadas pelo Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) levaram à prisão de quatro membros da quadrilha. Dois deles foram detidos após uma tentativa de fuga e resistência à abordagem policial. Os outros foram capturados durante uma perseguição em Campo Grande.
Durante a operação, foram identificados dois imóveis alugados pelos criminosos, usados como base para esconder equipamentos e planejar as ações. Nos locais, a polícia encontrou maquininhas de cartão adulteradas, mochilas de entregador e celulares.
O grupo se deslocava regularmente entre São Paulo e Mato Grosso do Sul, mantendo uma estrutura organizada com divisão de tarefas. A quadrilha sempre atuava em datas estratégicas, aproveitando aniversários das vítimas e disfarçando-se como entregadores de presentes.
Uma nova tentativa de golpe foi evitada durante a operação, quando a polícia interceptou a quadrilha antes que uma idosa de 61 anos fosse enganada. Os criminosos já estavam na rua da vítima, que aguardava pelo suposto presente.
Os presos foram autuados por estelionato contra idoso, organização criminosa, resistência à prisão, desobediência e direção perigosa. A Polícia Civil solicitou a conversão das prisões em flagrante para prisão preventiva, com o objetivo de evitar novos golpes e garantir a ordem pública.