O que começou com a moda de passarinhar agora ganhou novas espécies e a “bola da vez” é a coruja. Com hábitos noturnos, a ave de rapina dá o ar da graça no momento em que muitos decidem descansar, porém, com o calorão que está fazendo em Campo Grande, a decisão foi sair de casa e a procurar. A aventura ocorreu no início desta semana, no Parque do Sóter, região norte da cidade, reunindo 17 pessoas, entre elas, 4 crianças.
“Foi uma experiência sensacional e é maravilhoso saber que temos tantas espécies incríveis de aves nas áreas verdes de Campo Grande. Tenho uma filha de nove anos, que já é birdwatching e sempre vai comigo. Meu marido também está sempre junto, passarinhando conosco”, afirmou ao MidiaMAIS a servidora pública, de 45 anos.
Nas redes sociais, inclusive, a família compartilha os registros e, recentemente, postou as fotos de três espécies que fizeram: a coruja-orelhuda, a asio aclamator e a striped owl.
“O pai dela administra o perfil e ela já recebeu até convites para dar palestras. Eu fico só acompanhando. E digo sempre que é uma experiência fascinante. Aqui em casa, tornou-se um modo de vida”, comentou a servidora.
A professora e condutora de aviturismo, Cintia Bezerra Possas, de 38 anos, também falou sobre a experiência. “Fomos atrás da orelhuda e a encontramos. Foi bastante gente e somente duas pessoas não conseguiram vê-las, infelizmente. Mas, fizemos vários registros de fotos. Eu sou observadora de aves há um bom tempo e a primeira vez que vi esta espécie de coruja foi no Parque Nacional das Emas. Foi inesquecível”, relembrou.
Na ocasião, não imaginava que a coruja também estivesse na área urbana. “Ver a sua existência ali me fez sentir privilegiada em morar em Campo Grande. Isto me faz ter mais vontade de acompanhar as políticas públicas ligadas à questão ambiental. Se continuarmos crescendo e retirando a vegetação das ruas, não teremos mais a biodiversidade tão presente e tão próxima da gente”, lamentou.
Além disso, Possas comentou sobre o privilégio de proporcionar esta experiências aos filhos. “É de um valor imensurável. Voltamos para casa felizes demais. As corujadas não são observações comuns, geralmente vemos quatro ou cinco espécies, mas, vale muito a pena. Vimos também quero-quero e um casal de maria-faceiras empoleiradas para descansar”, finalizou.