Com a qualidade do ar chegando ao seu pior patamar neste ano em Mato Grosso do Sul, o Midiamax conversou com um médico para saber se as máscaras faciais são a ferramenta ideal para proteção contra a inalação de fumaça e poluição nesta sexta-feira (13).
Segundo o médico pneumologista Ronaldo Perches, “estamos vivendo um momento em que as condições climáticas, a qualidade do ar, está muito ruim. Tudo isso são fatores que agridem a saúde respiratória, as vias aéreas das pessoas.”
Ele explica que esses prejuízos à saúde são resultado de um conjunto de fatores, como tempo seco, baixa umidade do ar e, para gravar, a presença de fumaça e fuligem que tomaram conta do país.
“O excesso de queimadas, tanto urbanas, quanto rurais já há alguns meses, elevou e aumentou muito a poluição atmosférica. Aí, a qualidade do ar, que já está muito seco, em níveis críticos semelhante ao deserto, somado ao calor e, agora, à poluição ambiental pela fuligem das queimadas, agridem muito as vias aéreas”, detalha o especialista.
“Não existe nenhuma relação de usar máscaras, atualmente, com o tempo da covid. Nenhuma relação. O que se sugere hoje é que aquelas pessoas que estiverem em cidades onde a fuligem for muito espessa, onde tiver poluição do ar, usem uma máscara N95 profissional para diminuir a aspiração de poluentes. Isso pode ajudar se tiver que sair de casa”, orienta o médico.
Ao voltar para a casa, o item deve ser retirado do rosto. “Isso é para diminuir a inalação de partículas nocivas para a saúde respiratória”, reforça o pneumologista.
No entanto, ele destaca que o uso de máscara nem é o ideal diante da atual realidade climática.
“Ficar em casa é o ideal. Usar um umidificadores, quem não tiver, colocar vasilhas com água, toalha umedecida, pendurá-las nas janelas, manter a casa fechada, sim, essas são medidas indicadas para evitar a entrada de muitos poluentes”, detalha o médico.
Em meio à baixa umidade do ar, onda de calor e ar poluído pela fumaça dos incêndios florestais, uma pergunta prevalece: quando chove em Mato Grosso do Sul? A expectativa é que as precipitações ajudem a amenizar o cenário.
Conforme a previsão dos principais órgãos de meteorologia, estima-se que, ao longo do mês, possam ocorrer chuvas significativas, mas apenas no sul do Estado.
Enquanto isso, quando pensamos em chuva a curto prazo, o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS) aponta a probabilidade de chuva no fim de semana. Entretanto, o órgão não estabelece previsão exata ou precipitação esperada.
Conforme divulgado, haverá mudanças no tempo devido ao avanço de uma frente fria aliado ao intenso transporte de calor e umidade, juntamente com a atuação de um sistema de baixa pressão atmosférica no Paraguai.
Esses sistemas meteorológicos deverão favorecer aumento de nebulosidade, probabilidade para chuvas e queda nas temperaturas, com destaque para as regiões sul, sudeste, central, sudoeste e oeste do Estado.
Desde a quinta-feira (12), a previsão indica aumento de nebulosidade, principalmente na metade sul e oeste do Estado. O calorão ainda prevalecerá, mas talvez a onda de calor vá embora.