Pelo segundo dia consecutivo, Corumbá amanhece coberta de fumaça. Nesta quinta-feira (12), a intensidade é tanta que a visibilidade do Rio Paraguai pelo Porto Geral está baixa.
Segundo um morador, a situação está ainda pior, pois há extrema dificuldade de respirar. Miguel Roberto Mansur Bumlai registra as imagens na Praça Generoso e caminha até o porto. Há embarcações com o farol aceso, entretanto, impossível de visualizar.
“Não dá para ver nada. Devagarzinho estão destruídos os bens mais caros do mundo, os biomas e as águas. Na curva do rio, só se vê fumaça, nem o barranco do outro lado dá”.
A área queimada no Pantanal já ultrapassa 1,9 milhão de hectares, o que corresponde a 4.615,4% a mais que os danos no ano passado. Essas informações são do Monitoramento de Incêndios Florestais, do Corpo de Bombeiros e Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima).
Miguel mostra os pontos históricos que poderiam ser vistos da praça. A estrutura para as festas de aniversário de fundação. “Enquanto isso, o Pantanal chora”.
Até o dia 6 de setembro, quatro municípios concentravam o maior número de áreas queimadas, sendo Corumbá (65,0%), Aquidauana (16,9%), Porto Murtinho (9,4%) e Miranda (8,0%).