Eliane Ajala, de 50 anos, e a filha Edilene Cristine Ajala, de 26 anos, suspeitas de integrar um grupo que atuou na Expogrande deste ano, em Campo Grande, e aplicou diversos golpes de 'boa noite Cinderela', estão sendo procuradas e tiveram seus rostos divulgados pela Polícia Civil nesta quinta-feira (11), para que a população ajude com informações.
Dois homens, ambos de 28 anos, foram presos após intensa investigação da Derf (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos). Conforme a investigação, os principais alvos da quadrilha era homens que estavam saindo de baladas, bares e da Expogrande.
Segundo divulgado pela Polícia Civil, as vítimas relataram que eram abordadas por uma mulher, com aparência de 45 anos - que seria no caso Eliane, onde ela os apresentava para uma garota mais jovem, em torno dos 25 anos, que seria Edilene, a qual se dizia atraída pelos homens.
Após abordados, eles consumiam bebidas alcoólicas e em determinado momento "apagavam" de repente, notando que foram roubados apenas no dia seguinte. As investigações apontaram que as vítimas eram dopadas com bebidas “batizadas” servidas pelas mulheres, para, em seguida, serem roubadas.
Com as vítimas incapacitadas e sem vontade própria, as mulheres obtinham as senhas de suas contas bancárias e realizavam transferências dos aplicativos instalados nos aparelhos celulares, bem como realizavam compras. Além disso, alguns dos homens foram atraídos para suas casas, de onde também foram subtraídos diversos bens como ares-condicionados, televisões, roupas e joias.
Três vítimas já foram identificadas pela Derf e uma delas, acumula um prejuízo de R$ 25 mil.
Em relação a um dos homens presos nesta quarta-feira, ele já havia sido preso anteriormente por receptação, por comprar uma moto furtada. A prisão ocorreu logo após ele utilizar o cartão de uma das vítimas, para pagar o conserto da motocicleta, em uma oficina no Bairro Jardim Campo Alto. Pouco tempo depois, ele foi colocado em liberdade provisória.
Já as mulheres, mãe e filha, não foram encontradas e, até o momento, não se apresentaram à Polícia, sendo então consideradas foragidas. Ainda na investigação, as duas foram formalmente reconhecidas pelas vítimas, bem como foram flagradas por câmeras de segurança de uma loja de roupas, enquanto faziam compras, via PIX, com o celular subtraído no golpe.
Além disso, foi constatado que Eliane transferiu mais de R$ 20 mil da conta de uma vítima para os dois comparsas, a fim de que eles realizassem repetidas transferências para a conta dela, o que caracteriza o crime de lavagem de dinheiro.
Os quatro integrantes do grupo criminoso foram indiciados por associação criminosa e roubo majorado pelo concurso de pessoas, além de lavagem de dinheiro.