A Polícia Federal, com o apoio da Receita Federal, deflagrou nesta 3ª feira (10.set.24) a Operação Niflheim, que visa desarticular três grupos criminosos envolvidos com o mercado de criptoativos. Esses grupos são suspeitos de realizar lavagem de dinheiro e envio ilegal de divisas para o exterior, com destinos principais como Estados Unidos, Hong Kong, Emirados Árabes e China.
A operação mobilizou 130 policiais federais e 20 servidores da Receita Federal para cumprir 8 mandados de prisão e 19 de busca e apreensão nos municípios de Caxias do Sul (RS), São Paulo (SP), Fortaleza (CE) e Brasília (DF). A Justiça Federal também determinou o bloqueio de mais de R$ 9 bilhões em contas bancárias e criptomoedas dos envolvidos, além da apreensão de veículos e imóveis.
As investigações, que tiveram início em setembro de 2021, revelaram que os grupos operavam em diversas camadas de transações financeiras, ocultando a origem ilícita dos recursos, principalmente provenientes de atividades como tráfico de drogas e contrabando. Para dificultar o rastreamento do dinheiro, os suspeitos utilizavam empresas de fachada e mecanismos financeiros complexos. A movimentação financeira dos investigados já ultrapassou R$ 55 bilhões.
Esses três grupos atuam de forma interligada e, ao longo da investigação, as autoridades identificaram que eles podem ser parte de uma única organização criminosa. Os líderes operam a partir de Caxias do Sul (RS) e Orlando, nos Estados Unidos.
Os investigados podem responder por crimes de lavagem de dinheiro, crimes contra o sistema financeiro nacional, falsidade ideológica, associação criminosa, organização criminosa e crimes contra a ordem tributária. Os mandados de prisão e busca e apreensão foram cumpridos nos seguintes locais:
- Caxias do Sul (RS): 5 mandados de prisão e 10 de busca e apreensão.
- São Paulo (SP): 3 mandados de prisão e 4 de busca e apreensão.
- Fortaleza (CE): 4 mandados de busca e apreensão.
- Brasília (DF): 1 mandado de busca e apreensão.