Bolsonaro não quis elaborar os motivos pelos quais pensa isso. "Mais importante do que você ter uma informação é saber como utilizá-la, e eu sou o elo mais fraco dessa corrente aí, não sou nada", disse ele em entrevista à Rádio 96 FM, de Natal.
Ele disse que vai aguardar as próximas reportagens, já que o volume do material obtido pelo jornal é muito grande. "Talvez a partir de hoje à tarde, amanhã, já tenhamos novidades. Agora, o que é claro é que é algo pessoal do Alexandre de Moraes comigo. É claro. Só não enxerga quem não quer", declarou. Moraes ordenou a produção de relatórios pela Justiça Eleitoral para embasar decisões dele próprio no inquérito das fake news, no STF, mostram as mensagens obtidas pelo jornal. Em vários casos, os alvos da investigação eram escolhidos pelo próprio Moraes, como o filho do ex-presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Não há irregularidade comprovada, segundo especialistas, mas a atuação pode abrir brecha para os investigados pedirem a anulação de provas obtidas dessa forma. O gabinete do ministro declarou, em nota, que todos os procedimentos foram feitos de maneira oficial e regular, e que o TSE tem poder de polícia para fazer relatórios sobre atividades ilícitas relacionadas.